terça-feira, 4 de setembro de 2018

Exposição de pintura "ECOS DA ALMA" Glória Costa

Chegou ao fim mais uma exposição de pintura "ECOS DA ALMA " de Glória Costa na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva.
Para quem não teve oportunidade de estar presente, deixo aqui o registo fotográfico da exposição e para todos que estiveram presentes para mais tarde recordar.

Para vocês, com todo o meu carinho
Glória Costa


Conheci a arte de Glória Costa numa exposição coletiva de pintura. Foi um encontro imediato de convergência de artes. A sua sensibilidade artística cruzou-se com os nossos versos, numa sinfonia de sons e cores. Abria-se, assim, a primeira janela empática para outros encontros artísticos.
Não sendo propriamente uma crítica de arte, apenas posso exprimir o que sinto nos trabalhos de Glória Costa: uma grande sensibilidade para fazer ecoar o que lhe vai na alma, cruzando diversos saberes e revelando um talento artístico genuíno. Sabemos que a Glória é autodidacta, começando por experimentar várias técnicas pictóricas. Tal como os antigos pintores fabricavam as suas cores, de modo que a execução de uma pintura dependia de importante fase prévia, muitas vezes cheia de experimentações técnicas, também Glória Costa gosta de experimentar diferentes pigmentos e diversos materiais.
ECOS DA ALMA não é apenas uma exposição de pintura. É, sobretudo, o reflexo do seu sentir, um olhar atento e crítico sobre o mundo que a rodeia numa comunhão perfeita com a natureza. Há uma mensagem clara que vai muito para além da precisão do traço e da imaginação que os seus dedos percorrem ao sabor da tela. Podemos ler os segredos das suas histórias nas linhas subtilmente marcadas e silenciosas, um novelo de sensações que nos convida a que o puxemos a cada pulsar. É na magia das cores que se entre-cruzam, num bailado de sensações, um apelo constante ao outro para que toque, sinta, sonhe e viva. O regresso ao ventre da mãe, a simbologia da fertilidade, a infância, as frescas raízes, as coisas simples e belas como o luar, a cortina de água, a doçura do dia-a-dia, o regaço ea árvore, são manifestações puras de um bem-sonhar, nestes ecos da alma, que nos agarram à vida.

Fernanda Santos, Braga 22 de junho de 2018.


















































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